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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estratégias para ajudar o professor e o aluno hiperativo

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) nem sempre é fácil, principalmente em crianças mais novas. Ele é baseado nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) ou no Código Internacional de Doenças (CID10). O mais utilizado é o DSM-IV, que é fundamentado em critérios clínico-comportament ais. Os exames complementares, como a neuroimagem ou o eletroencefalograma , não fazem parte do diagnóstico. Para que a criança seja portadora do TDAH, as alterações clínico-comportament ais devem satisfazer os critérios do DSM-IV. Caso contrário, o diagnóstico não pode ser considerado.

É importante que a criança seja avaliada por um profissional experiente nesse assunto, pois, assim, a chance de erro no diagnóstico será menor, uma vez que não há um marcador biológico para isso. Além da avaliação médica, o diagnóstico pode ser complementado por uma avaliação psicológica e uma avaliação escolar, em que se inclui pelo menos um histórico acadêmico e exemplos de comportamento da criança, obtidos por meio de questionários e observações diretas. É possível que a criança apresente algumas características do TDAH e não seja portadora da síndrome. Por isso, é necessário frisar que os sintomas devem estar presentes por mais de seis meses e em diferentes contextos sociais e ter surgido antes dos 7 anos de idade, embora alguns autores não estejam totalmente de acordo com esta última condição.
O diagnóstico mais confiável do TDAH é realizado nos períodos pré-escolar e escolar, nos quais a análise do comportamento permite classificá-lo com maior facilidade. Em crianças de menor idade (2 a 4 anos), pode-se ter algumas suspeitas em função de certos sinais e sintomas, mas, para que o diagnóstico seja confiável, ele deve ser realizado quando a criança tem entre 6 e 8 anos.
A criança com TDAH pode ser agressiva. De acordo com critérios de diagnóstico, existem três tipos de caso: o predominante impulsivo, o predominante desatento e o predominante hiperativo. A criança com TDAH do tipo impulsivo costuma ser mais agressiva. Existem ainda as co-morbidades, em que há associação entre o TDAH e o comportamento desafiante–oposicion al ou distúrbio de conduta, o transtorno de humor e afetividade e o transtorno bipolar.
A diferença entre a criança disléxica e a que apresenta TDAH é que, no primeiro caso, o diagnóstico é feito no período da alfabetização, pois preponderam os transtornos ou a dificuldade de leitura e/ou de escrita. É possível que uma criança disléxica também seja portadora do TDAH. Quando existem problemas de aprendizagem, a criança deve ser avaliada por um psicopedagogo ou fonoaudiólogo com experiência no diagnóstico da dislexia, pois, como a criança disléxica tem dificuldade para compreender o sistema de linguagem, pode transmitir a impressão de que é desatenta. Em caso de persistência da dúvida e após a realização de uma avaliação psicopedagógica, pode ser utilizada medicação como teste terapêutico.
Existem várias estratégias que podem ser utilizadas com essas crianças na escola e em sala de aula. É importante que a escola se preocupe com o desempenho global do aluno e esteja próxima dos valores da família e aberta à discussão e ao entendimento com esta. A abordagem é geralmente individualizada. Seguem algumas recomendações gerais aos professores:
Encontre um profissional, como um professor especializado nessa área ou um psicólogo com treinamento específico, e procure trocar idéias com ele.
Observe de que maneira a criança aprende melhor.
Descubra formas de fazer a criança desfrutar da aprendizagem e obter ganhos em vez de frustrações, medos e aborrecimentos.
Procure desenvolver um contato visual mais freqüente como o aluno com TDAH e mantenha-o o maior tempo possível sob sua observação.
Busque qualidade nas tarefas em vez de quantidade.
Estabeleça um sistema de pontos que levem o aluno à obtenção de um prêmio (algo atrativo para a criança).
Confira ao aluno responsabilidades apropriadas à idade dele.
Use um caderno que sirva para a comunicação diária com os pais.
Ensine a criança a interagir com os demais e a olhar nos olhos.
Estimule o aluno a procurar um companheiro para os estudos.
Dê menor importância às infrações da criança que não sejam graves e aja com firmeza nas que forem graves.
É natural que os pais de crianças com TDAH se sintam frustrados e sós, pois esse disturbio põe à prova os mais altos limites da paciência, criando uma situação de estresse familiar e matrimonial. Para os pais, sugere-se que:
Conheçam as características do TDAH que seu filho manifesta.
Percebam as áreas com as quais seu filho se identifica, assim como as qualidades dele.
Ajudem seu filho a fortalecer a auto-estima e a autoconfiança dele.
Ajudem a criança a organizar-se com os materiais de trabalho ou o estudo.
Utilizem bilhetes auto-adesivos para fazê-lo lembrar-se de eventos e situações especiais.
Propiciem um ambiente adequado, em que ele possa aprender melhor.
Ajudem seu filho a planejar o tempo e as tarefas, estabelecendo uma agenda de atividades. Procurem entrar em contato com o professor dele para saber sobre as atividades escolares.
Se vocês acharem que as atividades são excessivas, falem com o professor e busquem, juntos, um meio-termo.
Estabeleçam a prática de um esporte.
É importante que a criança saiba que ela não está sendo reprimida, mas, sim, o comportamento dela.
Permitam que seu filho ouça música para dormir.
Procurem não esquecer também dos outros filhos, pois, às vezes, os pais concentram todas as energias nos filhos que apresentam o TDAH.

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